Como atividades linguísticas, entendam-se as de nível oral e algumas atividades escritas mais simples, de repetição ou de transformação, calcadas na gramática interiorizada do falante, sem que dele seja exigida a reflexão. Geralmente, são atividades aplicadas nas primeiras séries do ensino fundamental e podem incluir até mesmo pequenas composições orais. Como atividades epilinguísticas, entenda-se o trabalho reflexivo e de transformação elaborado com a linguagem escrita. Citem-se exemplos, tais como: ampliação de sintagmas, transformações de sintagmas nominais em verbais e vice-versa, alteração de conectivos, sempre observando-se os efeitos provocados. Desde as primeiras séries do ensino fundamental, o professor pode começar a trabalhar com essas atividades, em nível gradual de dificuldades. Antes, entretanto, é preciso eliminar todas as formas de preconceito linguístico e discriminações sociais na linguagem. Na escola, não se deve “ensinar” somente a norma padrão, como até há pouco se pensava. Os alunos devem ter contato com diversas variedades linguísticas e se conscientizar de seu uso, para que possam fazer opções adequadas às diferentes situações de discurso.
Nícia de Andrade Verdini Clare (UERJ)
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